sábado, 23 de maio de 2009
Sem título
A natureza e o delírio... o persistente delírio e o êxtase... "Xamãs pela nova consciência" como dizia Roberto Piva. Xamãs eternos... inimigos das ordens, amantes da paz e dos caminhos que não levam a lugar nenhum, somente ao nada, somente ao amor...
sábado, 16 de maio de 2009
Poeta Xamã
Começo com o delírio. Uma garrafa de rum e uma noite de delírio. Volto com olhos irridescentes, cabelo molhado e mil sensações passando pelo tato, olfato e paladar. Vivo pelos dejetos do Nada. Beijo e saliva, orgasmo. Estava há pouco tempo com a mente turva, rolando de embriaguez, roubando no espaço alguns versos e me deparei com um livro de poemas que há muito tempo me impressionou. "As novas criaturas". Autor Jim Douglas Morrison (1943, 1971); eterno boêmio, deus das elucidações, sempre vadio, incrivel poeta. Vocalista da banda de rock n'roll chamada The Doors e autor de inúmeras viagens poéticas embaladas pelo LSD e por sua admitida influência por grandes mestres, deuses da linguagem. Poetas como os decadentistas franceses Rimbaud, Baudelaire, Lautréamont, Mallarmé, passando pelos beatniks Allen Ginsberg, Jack Kerouac, Corso, além do teatro do horror de Antonin Artaud, a filosofia de Nietzsche, além de Moliére, o brasileiro Carlos Castañeda, Neal Cassady e tantos outros...
Nietzche foi uma forte presença na poesia de Morrison. Tem uma frase que marcou profundamente seu pensamento e estética literária e comportamental: “Dizer sim à vida até diante de seus problemas, mais estranhos e difíceis; o desejo de viver acima de exaustão mesmo diante dos maiores sacrifícios — isso é o que chamo de Dionísio, o que entendo como a passagem para a psicologia do poeta trágico. Não para se dispor do trágico e da compaixão, mas para transformar-se na alegria eterna de transformação, acima de qualquer terror ou piedade”. O espírito do Dionísio expressada pela mente visinária desse filósofo fez com que esse jovem poeta corresse atrás da vida numa loucura sem igual. "Bebedeira sagrada - torno-te método!" Ah, Rimbaud sem igual na nossa história recente...
Outra alma importante foi Aldous Huxley com seu livro "As portas da percepção" onde relata suas experiências alucinatórias com mescalina e a confirmação de que os objetos cotidianos sob efeito do cacto extraído do peiote (Lophophora williamsii) perdem sua funcionalidade, passando a existir por si próprios. Obra retirada da citação do poeta profeta-vidente William Blake (1757, 1827): "Se as portas da percepção estivessem abertas, o mundo pareceria para o homem tal como é, ou seja, infinito." Eis aí a maior influência de Jim Morrison... William Blake... sempre eterno... sempre presente...
Há outros elementos importantes que poderiam ser relatados, mas que não irei me aprofundar a princípio... Esse blog é sobre pintura e desenho... Não sobre música ou literatura, para isso tenho o blog paranoiafreud: http://paranoiafreud.blogspot.com/
que breve apronfundarei no assunto... Falta ainda a figura do xamã perambulando na mente de Jim Morrison, a influência das imagens cinematógraficas em sua dialética, além da sua vontade de atingir o desconhecido através da alienação...
que breve apronfundarei no assunto... Falta ainda a figura do xamã perambulando na mente de Jim Morrison, a influência das imagens cinematógraficas em sua dialética, além da sua vontade de atingir o desconhecido através da alienação...
Por isso, para não terminar com uma terrivel reticência e um vazio tremendo transcrevo aqui uma poesia desse xamã marginal da recente leva de poetas que se perderam no abismo lascivo das palavras:
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A tentação original
A tentação original foi a de destruir.
Os penhascos. A Estrada. Os Muros.
Heroísmo original - enganar os elementos do fogo. Chamar criaturas para a
tempestade.
O heroísmo original foi a queda. O baile.
O Todo. Homem natural.
Participar na criação.
Aprontar as coisas. Trazer as coisas
até o ser.
A Encruzilhada onde o carro se oculta.
Jaz. Habita. Um lugar de encontro
de Mundos. Onde se fazes os sonhos.
Onde tudo é possível. Os demônios mentem.
O carro é de aço & cromado. A pilha de lenha.
O alto da pilha. O montão. O cemitério.
Onde o mental é reduzido ao seu mundo
elemento comum. Para renascer. Uma fábula
de renascimento no deserto. Tornar-se
caos & regressar.
2 pitas pretas, ou um rei & uma rainha,
fazem comentários à varanda.
Os tipos de sociedade desfilam pelos painéis.
Microcosmo num dedal.
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obs: em breve mais desenhos além de pinturas...
quinta-feira, 14 de maio de 2009
As portas da percepção
meu nome é Diego El Khouri, meio poeta, meio pintor, eterno marginal, amante da palavra e da imagem; dedico esse blog excluisvamente aos amantes do desenho e da pintura. Aquelas pessoas que não se interessam pelo concreto, pela realidade; que vêem nas atividades sem sentido e no ócio (poético) uma válvula de escape e uma maneira de se entregar ao Todo e a alma, sem deixar de lado os desejos do corpo e os apelos do espírito.
Aqui vocês verão os delírios de uma mente visionária com apelo ao desconhecido e as formas abstratas de ver a vida. Nada de racionalismo. Nada de pragmatismo. Nada de objetivismo. Me interesso apenas pelas atividades sem sentido, pelo ócio e sobretudo pelo subjetivismo.
Como dizia um dos grandes mestres da pintura, Pablo Picasso: "Arte não é a aplicação de um cânone de beleza, mas sim o que o instinto e o cérebro podem conceber além de qualquer cânone."
"O que há de mais real para mim são as ilusões que crio com a minha pintura. O resto são areias movediças." Penso como Eugène Delacroix.
Sejam bem-vindos!!
Aqui vocês verão os delírios de uma mente visionária com apelo ao desconhecido e as formas abstratas de ver a vida. Nada de racionalismo. Nada de pragmatismo. Nada de objetivismo. Me interesso apenas pelas atividades sem sentido, pelo ócio e sobretudo pelo subjetivismo.
Como dizia um dos grandes mestres da pintura, Pablo Picasso: "Arte não é a aplicação de um cânone de beleza, mas sim o que o instinto e o cérebro podem conceber além de qualquer cânone."
"O que há de mais real para mim são as ilusões que crio com a minha pintura. O resto são areias movediças." Penso como Eugène Delacroix.
Sejam bem-vindos!!
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